ANÁLISE
Suzane Reis Bonfim
Infinito
Particular
Eis o
melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
O
nosso objetivo neste estudo é de mostrar como é feita a construção da música de
Marisa Monte segundo aspectos de coesão e coerência textual, embasado no
trabalho de Maria Lúcia Mexias Simon (s/d).
Primeiramente
é necessário ressaltar conforme esclarece Simon que a coerência envolve “fatores
lógico-semânticos e cognitivos”, dependendo assim do seu interlocutor para que
a mensagem seja passada de forma satisfatória.
Segundo
os aspectos de coerência é possível perceber na música “Infinito Particular”, contendo
como características semânticas, ser uma música intimista trabalhando principalmente
com o fluxo de consciência e uma linguagem subjetiva.
O
corpus trabalhado expõe em forma de
música a história de uma mulher que está sozinha e quer mostrar seus defeitos e
suas qualidades, por meio de toda sua complexidade existencial. Com o objetivo
de encontrar alguém que aceite como ela é realmente. Ao ver um homem ela começa
a dar dicas e fazer ressalvas para que ele não se assuste ao ver seu infinito
particular.
A
coerência se da por meio da repetição dos termos (o meu/ Eu não sou/ Eu sou)
com o objetivo de avivar a memória do leitor que a mulher da música está
mostrando o que ela é e o que não é. A compositora também repete dois versos,
duas vezes, são eles: No meu infinito particular/ Olha minha cara. Com o
objetivo de convidar o seu amado a olha-la e adentrar no seu infinito
particular, deixando assim o texto mais coerente e causando a progressão com
novos elementos semânticos, já que a repetição foi feita somente para relembrar
o leitor deixando espaço para a continuidade de informações.
Não
existe contradição de sentido neste texto musical, somente antíteses que dão a
ideia de contrários, sem se contradizer. A música é totalmente articulada de
modo a demonstrar suas informações pessoais, defeitos e qualidades para que o
convite de conhecê-la seja aceito.
Já
a coesão é composta por elementos lexicais e gramaticais que proporcionam o
fluxo de informação. É possível perceber principalmente o jogo de antíteses,
tais como (pequenina/gigante; só mistério/não tem segredo; o melhor/ e o pior
de mim) que demonstra a complexidade do ser humano e mais especificamente de
ser mulher.
Outra
figura de linguagem bastante utilizada no texto musical são as metáforas
(termômetro, quilate, porta bandeira de mim). Esta ultima metáfora poderá ser
considerada também uma intertextualidade no momento que a compositora faz sua
comparação com uma porta bandeira, carregando o sentido de abrir passagem para
a entrada do seu amor.
Outra
intertextualidade presente é “Eu sou daqui, eu não sou de Marte” vem mostrar
que ela não é uma extraterrestre, ou seja, de outro planeta, como por exemplo,
de Marte, para que ele não fique preocupado, pois não iria acontecer nada
sobrenatural.
A
presença das formas imperativas reforçam esse convite ou praticamente esta
ordem de amar, são eles: vem; faça; olha; não se perca. Sendo assim podemos
perceber com este estudo de coesão e coerência textual, a complexidade e a
necessidade de cada elemento textual para se transmitir a informação clara para
o leitor, constituindo uma unidade semântica complexa.
REFERÊNCIAS
SIMON, Maria Lúcia
Mexias. A construção do texto, coesão e
coerência textuais conceito de tópico. Disponível em:
HTTP:///www.filologia.org.br/revista/40suple/a_construção_de_texto.pdf. Acesso
em 02 nov. 2011.
MONTE, Marisa. Infinito particular. Disponível em: http://letras.terra.com.br/marisa-monte/515189/
Acesso em 27 jan. 2011.
Ma-ra-vi-lho-so esse estudo. Parabéns!
ResponderExcluirMuito bom, só não sei se foi legal eu ter enviado pra uma pessoa, talvez eu tenho assuntado ele, quase um pedido de namoro, kkkk, e nem era minha intenção. Agora já foi!!!
ResponderExcluirAnálise excelente! Vibrei!!!
ResponderExcluirbela contribuiçcao....
ResponderExcluirPerfeito!
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